Justa causa indevida: quais medidas podem ser tomadas?

A demissão por justa causa é uma medida drástica e, muitas vezes, irreversível, que um empregador pode aplicar quando um empregado comete uma falta grave no ambiente de trabalho. 

No entanto, há casos em que essa decisão é tomada de forma indevida, seja por falta de fundamentação legal, inadequação das provas apresentadas ou erro na interpretação dos fatos. 

Quando um trabalhador se vê nessa situação, surgem questões cruciais: quais medidas podem ser tomadas para contestar uma justa causa indevida? 

Acompanhe mais detalhes no sumário: 

  • Como funciona a demissão por justa causa?
  • Quais as 4 regras básicas de uma demissão por justa causa?
  • Justa causa indevida, quais medidas podem ser tomadas?

Boa leitura!

Como funciona a demissão por justa causa?

A questão da justa causa não é tão simples quanto parece.

Nem toda infração constitui justa causa! Lembre-se disso.

Apesar de representar a medida mais grave que um empregador pode tomar, existem algumas diretrizes básicas a serem seguidas.

Caso contrário, essa medida pode ser aplicada de forma equivocada e gerar prejuízos graves ao trabalhador.

Por exemplo, na demissão por justa causa, o trabalhador perde imediatamente seus direitos e benefícios, portanto, não terá direito:

  • Aviso Prévio
  • Multa de 40% do FGTS
  • Saque do FGTS
  • Seguro Desemprego
  • Férias proporcionais
  • 13º proporcional 

São direitos muito importantes que são perdidos durante esse processo. Por isso, preste bastante atenção nas regras e diretrizes do capítulo a seguir.

Combinado?

Quais as 4 regras básicas de uma demissão por justa causa?

As quatro regras básicas que geralmente devem ser observadas em uma demissão por justa causa no contexto trabalhista são as seguintes:

  • Gravidade da Falta: A infração cometida pelo empregado deve ser grave o suficiente para justificar a demissão por justa causa. Isso significa que a conduta do empregado deve ser uma violação séria dos termos do contrato de trabalho ou das normas internas da empresa.
  • Proporcionalidade da Punição: A pena de demissão por justa causa deve ser proporcional à gravidade da infração. Em outras palavras, a punição deve estar de acordo com a falta cometida, e a demissão só deve ser aplicada quando não for possível utilizar uma penalidade menos severa, como uma advertência ou suspensão.
  • Observância da Escalada das Sanções: Em alguns casos, é necessário seguir uma escalada de sanções disciplinares antes de aplicar a demissão por justa causa. Isso significa que o empregador deve primeiro aplicar medidas disciplinares menos severas, como advertências escritas ou suspensões, antes de recorrer à demissão.
  • Previsão Legal ou Contratual: A falta cometida pelo empregado deve estar prevista na legislação trabalhista ou no contrato de trabalho como uma justificativa válida para a demissão por justa causa. Não é permitido demitir um empregado por qualquer motivo; a falta deve se enquadrar em uma das hipóteses previstas em lei ou contrato.

É importante ressaltar que as regras exatas podem variar de acordo com os termos do contrato de trabalho específico. 

Portanto, é aconselhável consultar um advogado trabalhista para garantir que todas as etapas necessárias sejam seguidas corretamente em caso de demissão por justa causa.

Justa causa indevida, quais medidas podem ser tomadas?

Se um empregado acredita que foi demitido por justa causa de forma indevida, ou seja, que a demissão não estava de acordo com as regras e requisitos legais ou contratuais, ele pode tomar as seguintes medidas:

  • Consultar um Advogado Trabalhista: A primeira medida recomendada é procurar a orientação de um advogado trabalhista. Um advogado especializado poderá analisar o caso, verificar se a demissão atende aos critérios legais e contratuais e aconselhar sobre as próximas etapas.
  • Revisão Interna pela Empresa: Às vezes, a empresa pode reconsiderar a demissão por justa causa após uma revisão interna. O empregado pode apresentar sua versão dos fatos e documentação que possa apoiar sua posição. A empresa pode decidir reverter a demissão ou alterá-la para uma demissão sem justa causa.
  • Ação Trabalhista: Se a empresa se recusar a reconsiderar a demissão ou se o empregado acreditar que a demissão por justa causa é injustificada, ele pode entrar com uma ação trabalhista contra o empregador. Nesse processo, um juiz avaliará as evidências e decidirá se a demissão foi apropriada ou se deve ser convertida em uma demissão sem justa causa.
  • Negociação: Em alguns casos, pode haver espaço para negociação entre o empregado e o empregador para resolver a situação fora dos tribunais. Isso pode envolver um acordo para reverter a demissão, fornecer uma compensação financeira ou chegar a um acordo mútuo.

É fundamental que o trabalhador  mantenha registros detalhados de qualquer comunicação relacionada à demissão, como cartas, e-mails, registros de reuniões e qualquer outra evidência que possa ser útil em uma ação trabalhista. 

Conclusão

Com este conteúdo você ficou por dentro de uma série de medidas que podem ser tomada numa justa causa indevida.

Com o conhecimento compartilhado hoje, você estará mais bem preparado para solicitar apoio jurídico diante de uma situação delicada como esta. 

Isso porque aqui foi possível descobrir:

  • Como funciona a demissão por justa causa
  • Quais as 4 regras básicas de uma demissão por justa causa
  • Justa causa indevida, quais medidas podem ser tomadas

Até breve!

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